Coleta Seletiva de Tangará da Serra é elogiada por visitantes e Órgão Ambientais do estado.

Tangará da Serra, localizada a pouco mais de 200 quilômetros de Cuiabá na Região Médio Norte de Mato Grosso, é a primeira cidade do Estado a atender todos os bairros com o serviço de coleta seletiva de lixo.
O trabalho vem sendo desenvolvido através de uma parceria com a Coopertan – Cooperativa de Produção de Material Reciclável de Tangará da Serra, criada em 2005 e que emprega hoje cerca de 30 trabalhadores na coleta seletiva de materiais reaproveitáveis, para fins de geração de trabalho e renda e preservação do meio ambiente.

conforme o diretor regional da Sema, Alvino de Oliveira Filho, esse trabalho vem sendo acompanhado de perto pela unidade regional da secretaria. “Desde a criação da cooperativa temos incentivado e acompanhado o esforço do município na implementação da coleta seletiva, triagem e destinação final desse material. Um trabalho que cresceu bastante no município e hoje além da reciclagem de vidros, garrafas pets e outros materiais já se preocupa também com pneus”.

A cerimônia que Marcou a implantação da coleta seletiva em 100% da cidade, aconteceu no inicio do mês de Março, a solenidade realizada em frente a Prefeitura Municipal, contou com a presença de varias autoridades locais, dentre elas, o presidente do Partido Verde, Silvio José Somavilla, os vereadores Aroldo Lima, Celso Ferreira, Celso Vieira, José Pereira Filho, Paulo Porfírio e Roque Fritzen, além de todos os secretários municipais, para marcar a conquista do município.

COOPERTAN – Além dos trabalhadores da coleta seletiva de materiais reaproveitáveis, paarticipam da Cooperativa de Produção de Material Reciclável de Tangara da Serra-MT representantes da Prefeitura, o Banco do Brasil, Unemat e da Sociedade La Comuna.

Em 2008, a prefeitura municipal, através do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Samae), disponibilizou para os participantes da cooperativa um barracão, a fim de proporcionar melhores condições de trabalho. O local está localizado na saída para Deciolândia, próximo as chácaras ecológicas.

“A contratação da Coopertan pelo município através do Samae, foi mais um importante passo dado pela Prefeitura, possibilitando recentemente a aquisição de um caminhão, que custou 60 mil reais aos cooperados e que ajudou a viabilizar a coleta seletiva para 100% das residências na área urbana da cidade”, explicou o prefeito em exercício, José Jaconias da Silva.

De acordo com o diretor do Samae, Jefferson Luis Lima da Silva, Tangará será a primeira cidade do Estado a atender todos os bairros com esse trabalho. “O meio ambiente é prioridade no município, por isso trabalhamos muito para a implantação deste projeto”.

O contrato que a Prefeitura Municipal tem com a Coopertan passou de R$ 3.500,00 reais para R$ 19.500,00 reais mensal graças a lei federal 11.445/2007, a lei do saneamento básico, que possibilitou legalmente a contratação da cooperativa.

A Coopertan começou com 24 membros, e a expectativa é de dobrar o número de cooperados até o final de 2010. Lembrando ainda que em 2005, essas pessoas trabalhavam no antigo lixão da cidade sem condições básicas nenhuma de saúde.

ECOPONTO - No ano passado, Tangará da Serra passou a contar com Ecoponto de pneus inservíveis. O projeto foi desenvolvido por meio da parceria entre Prefeitura Municipal/Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae) e a Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis (Coopertan). O objetivo é evitar que os pneus sejam deixados em terrenos baldios, acumulando lixo, água parada e contribuindo para a proliferação do mosquito da dengue.

Esses pneus são recolhidos continuamente pela Associação Nacional das Indústrias de Pneumáticos (ANIP), que se responsabiliza em levá-los para a destinação final, ambientalmente adequada, com autorização e licença do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA). A coleta e transporte são realizados a cada 2.000 pneus pequenos (carros de passeio) e 200 pneus grandes (caminhão) recolhidos.

ATERRO SANITÁRIO – Segundo a Coordenadoria de Gestão de Resíduos Sólidos, vinculada a Superintendência de Infraestrutura, Mineração, Indústria e Serviços(SUIMS), da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), 128 dos 141 municípios que compõem o Estado de Mato Grosso estão em processo para construção de aterro sanitário. Chapada dos Guimarães (67 quilômetros a Norte da capital) é um deles e esta desenvolvendo um projeto piloto em parceria com a Sema Coordenadoria de Gestão de Resíduos Sólidos e a prefeitura do município.

Antes da construção do complexo de tratamento de resíduos, triagem, reciclagem, copostagem e aterro sanitário foi feito um estudo ambiental, que segundo a coordenadora de Gestão de Resíduos Sólidos, Solange Cruz “(o projeto) é eficaz para municípios de pequeno porte”.

“Esse projeto piloto pode ser levado para pequenos municípios possibilitando a eles o acesso a sustentabilidade ambiental, social e econômica”, completou a coordenadora. Solange Cruz, disse ainda que “o objetivo do projeto é servir de estudo para que empreendimentos semelhantes possas ser implantados em outros municípios de mesmo porte”.

Para implantar um aterro sanitário é necessário cumprir algumas normas de procedimento. A prefeitura do município solicita que a Sema faça vistoria na área onde o aterro será construído. A partir daí a Secretaria emite parecer de viabilidade para que a prefeitura apresente os estudos ambientais. A Sema então analisa o documento e, após isso, emite a Licença de Instalação (L.I), neste instante a obra pode começar a ser construída.

Quando a obra é concluída, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) faz nova vistoria no local para certificar que a mesma obra que foi projetada no papel é a que foi construída. O aterro só vai poder operar após a Licença de Operação (L.O) for autorizada pela Sema.

O tempo para cada projeto ficar pronto é indefinido, dependendo exclusivamente do andamento da obra e, é necessário que o projeto se adéque as normas exigidas pela Sema.
Para concientizar a população sobre a importância da reciclagem e da coleta seletiva, o Samae vem realizando palestras nas escolas publicas, o assunto vem chamando a atenção de alunos e professores,que após as palestras acabam aderindo a campanha e transformando-se em multiplicadores.
A coleta Seletiva em Tangará da Serra foi aprovada por toda a população, os moradores dos bairros e da região central aprovaram a iniciativa, muitos se sentem orgulhosos em morar numa cidade, que se destaca em primeiro lugar no estado na questão ambiental.
Dona Antonia Silva Santos,moradora do Jardim Alto Algre, disse que a coleta Seletiva só veio a trazer benefícios a sociedade, antes os plásticos e garrafas pets era encontrados por toda a parte , hoje é diferente, a cidade está mais limpa e muitas pessoas acabam ganhando com isso, principalmente quem trabalha com a reciclagem.
Dona Geni que mora no Jardim dos Ipês, também está contente com o trabalho executado pela equipe que faz o recolhimento do materiais, segundo ela a coleta acontece religiosamente, para facilitar ela separa tudo com antecedência, plásticos, garrafas e papelões são colocados nos sacos fornecidos pelo Samae, já o lixo orgânico é usado como esterco.
O analista Ambiental da Sema Everaldo Gasparini, também aprovou a coleta Seletiva em Tangará da Serra, segundo ele Tangará saiu mais uma vez na frente.


(Com informações Nelli Tirelli - Assessoria de Imprensa Prefeitura de Tangará da Serra)

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