Justiça decide sobre inquérito que investiga morte de soldado


A juíza Lúcia Peruffo, da 11ª Vara Criminal Especializada Justiça Militar de Cuiabá, aguarda informações da Polícia Civil e Militar para julgar o habeas corpus impetrado pelo defensor público Ademar Monteiro da Silva, que tenta "trancar" o inquérito civil que investiga a morte do soldado de Alagoas Abinoão Soares de Oliveira.

Em despacho no último dia 30, a magistrada solicitou informações sobre o estágio dos dois inquéritos instaurados. No habeas corpus, o defensor público alega que, por se tratar de um incidente que envolve militares, deve ser investigado apenas pela Polícia Militar.

O recurso foi proposto no último dia 24, em nome dos oficiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) - Dulcézio Barros Oliveira, Carlos Evane Augusto, Moris Fidélis Pereira, Antônio de Abreu Filho, Lúcio Eli Moraes, Vanderson Alvarenga e Saulo Ramos Rodrigues. Os oficiais ministravam o treinamento que resultou na morte de Abinoão.

De acordo com laudo do Instituto Médico Legal (IML), Abinoão morreu por asfixia mecânica, após passar mal ao término de um treinamento de flutuação no 4º Curso de Tripulante Operacional Multimissão (TOM-M), realizado no último dia 24, no Terra Selvagem Golf Club, na estrada de acesso ao Lago do Manso, em Chapada dos Guimarães.

Também passaram mal durante o curso, a cabo da Polícia Militar de Mato Grosso, Flávia Aparecida Rodrigues, o soldado da PM do Paraná, Luciano Roberto Frezato e o soldado da PM de Goiás, Thiago Rodrigo Mendes da Silva.

Logo após o incidente, dois inquéritos foram instaurados para investigar as causas da morte de Abinoão, sendo um militar, presidido pelo tenente-coronel PM Jadir da Costa Metello, e um civil, chefiado pela delegada Ana Cristina Feldner, do Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc) do bairro Verdão.

Em entrevista ao MidiaNews, Feldner afirmou que não foi notificada a prestar informações a Justiça. Ela explicou que as investigações, que estão na fase de oitivas, seguem normalmente.

De acordo com a delegada, aproximadamente 24 pessoas foram ouvidas e hoje iniciam os depoimentos dos coordenadores do curso de tripulantes. Feldner preferiu não comentar sobre o habeas corpus que solicita o trancamento do inquérito civil.


Midia News

Nenhum comentário