Festa Rave explosiva esta sendo organizada em Várzea Grande

Um evento muito diferente de todos que acontecem na Baixada Cuiabana. Essa é a descrição para a festa rave organizada por uma empresa de fora de Mato Grosso, que deve acontecer no dia 23 de outubro no campus do complexo universitário em Várzea Grande. Diferente e perigosa, que deve colocar as autoridades em alerta. Afinal, é a “temida” rave, com parque de diversão e bebidas alcoólicas de graça e entrada liberada para menores de idade.


Flagrante de uma festa rave
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Rave é um tipo de festa que acontece em sítios (longe dos centros urbanos) ou galpões, com música eletrônica. É um evento de longa duração, normalmente acima de 12 horas, onde DJs e artistas plásticos, visuais e performáticos apresentam seus trabalhos, interagindo, dessa forma, com o público. O termo "rave" foi originalmente usado por caribenhos de Londres em 1960 para denominar sua festa local. Em meados da década de 80, o termo começou a ser usado para descrever uma cultura que cresceu do movimento "acid house" de Chicago e evoluiu no Reino Unido Hoje em dia existe outra denominação que caracteriza Rave de pequeno porte, conhecida como PVT ou seja, "private" (festa privada), na qual a maioria das pessoas que comparecem são convidados e convidados dos convidados, sendo realizados também em sítios, chácaras ou outros lugares ao ar livre



Vamos lá! Trata-se de uma combinação explosiva. Na festa haverá brinquedos radicais tipo bungge jump, kamikaze, crazy jump e roda gigante, que geram riscos a saúde por terem restrições ao uso e não serem recomendados a pessoas com problemas de coração, coluna e, principalmente, após terem ingerido algum tipo de bebida alcoólica, oferecendo risco de vida para quem esta no local.

A festa foi divulgada inicialmente no site de relacionamento Orkut, através da comunidade do evento. Jovens e muitos menores de idade chegam a fazer, na divulgação, apologia ao tráfico, ao uso de drogas e consumo excessivo de bebida alcoólica. “Ai quem precisa de ácido, bohamia, doce, bala, coquinha, rastafari, truco, lançadeira..é só fala” - disse um dos participantes da comunidade.

Um detalhe que chama atenção é a organização do tráfico de entorpecentes. Segundo especialistas, quando são divulgados eventos do porte, os traficantes começam o contato para “importar” principalmente LSD e ectasy, drogas mais consumidas nesse tipo de festa. O LSD foi muito usado entre os anos 60 e 70. Trata-se de uma droga perturbadora do sistema nervoso, que provoca alterações no funcionamento do cérebro, causando fenômenos psíquicos como alucinações, delírios e ilusões. O ectasy é mais novo: é uma droga moderna sintetizada, feita em laboratório, que causa euforia, sensação de bem-estar, alterações da percepção sensorial do consumidor e grande perda de líquidos.

Outro fator de alerta: são drogas pesadas e cara. De acordo com freqüentadores ouvidos por 24 Horas News, esse tipo de droga é explorado pelos chamados “playboys”, jovens de alto poder aquisitivo, que tem condições de adquirir o produto. Ao contrário do que se imagina, nas raves os entorpecentes não são servidos em bandeja. “É preciso saber quem é o contato. De repente, pode ser um cara lá, na pista, dançando, sem camisa, que parece “boladão” apenas – explica. “Na festa há uma distinção de quem pode e quem não pode”.

Eventos desse tipo deixam pais preocupados, especialmente quanto à entrada liberada de menores. Há forte preocupação também com as companhias, os horários de chegada e o grau de embriaguez que eles chegam em casa. É um grito de alerta para as autoridades policiais e Conselho Tutelar. Muitos pais já entraram em contato com a redação do 24 Horas News e pedem por providencias. Eles temem que aconteça algum acidente e tentam zelar pelo bem estar de seus filhos.

A Portaria 011, publicada em junho de 2007, pelo Juizado da Infância e Adolescência, proíbe terminantemente adolescentes com menos de 18 anos de idade de freqüentar festas raves e similares em Cuiabá. Nem mesmo com a autorização dos pais os menores podem entrar nos locais. Essa é apenas uma das limitações impostas pela Justiça ao público infanto-juvenil. Na época, a juíza Cleuci Terezinha Chagas afirmou que a decisão tinha como finalidade garantir a integridade física e moral de crianças e adolescentes.


Hebert Almeida
Redação 24 Horas News

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