"Escândalo das máquinas" ameaça a candidatura de Maggi

Mais desgostoso do que propriamente preocupado com os eventuais índices, o ex-governador Blairo Maggi admitiu nesta segunda-feira desgaste por causa do escândalo que envolve a aquisição, em 2009, de 705 máquinas para o Estado. Maggi reclamou que a situação "tirou o brilho de sua saída" do governo estadual, no dia 31 de março. O ex-governador contou que chorou quando soube, através de denúncia anônima, da fraude na aquisição das máquinas. A suposta compra superfaturada teria custado R$ 26 milhões.

Ainda assim, Maggi garante que manterá sua pré-candidatura ao Senado. "Voluntariamente não vou desistir, mas tudo depende do cenário político e o partido pode até querer discutir e repensar a ampliação de uma composição política" - disse o ex-chefe do Executivo, que agora trabalha na coordenação da campanha de Silval Barbosa.

O PR esteve reunido hoje para discutir a denúncia. O presidente estadual do PR, deputado federal Wellinton Fagundes, reconheceu a existência de uma crise e afirmou que a oposição vai aproveitar o momento para criticar as gestões de Maggi e Silval Barbosa (PMDB), mas que o partido pretende mostrar as coisas positivas realizadas pelo Governo.

A questão é profunda.

Segundo cálculos dos auditores, a diferença de R$ 26,5 milhões ocorreu porque o pagamento estava programado para ser efetuado em 180 dias e foi pago à vista. A aquisição das máqiunas foi feita através de dois pregões realizados pela Secretaria de Estado de Administração (Sad), a pedido da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra). O secretário Geraldo de Vitto, de Administração, se recusa a aceitar envolvimento no caso e resiste em pedir demissão.

Além do superfaturamento, a Polícia investiga a denúncia de pagamento de propina à servidores.



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