Polícia avança nas investigações; médico levou um tiro

A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) intensificou as investigações sobre a tragédia que tem como pivô o médico Afrânio Maia de Almeida, 33, que teria matado a filha de 6 anos e atirado na mãe da menina, Liciene Ferrassoni, 28, e, em seguida, se suicidado. O caso ocorreu no último dia 24, no Condomínio Vilas Boas, no bairro Ribeirão do Lipa, em Cuiabá.

"Eu já sei de muita coisa que ocorreu naquele dia. Mas, não posso revelar nada ainda, até porque ainda faltam alguns depoimentos", disse hoje (30) o delegado Antonio Esperândio, responsável pelas investigações. Um dos principais depoimentos é o de Liciene Ferrasoni. Além disso, o delegado espera os resultados de exames periciais para concluir as investigações.

Na tarde de terça-feira (29), três pessoas foram ouvidas pela Polícia Civil, entre elas, Wilker Patrik Fernandes de Melo, o atual namorado de Liciene, que já havia prestado depoimento no dia da tragédia. Ele estava com a mulher,no momento do crime.

Além dele, o irmão de Afrânio, o dentista Roberto Maia Almeida e um porteiro do Condomínio Vilas Boas, também estiveram na DHPP.

"O depoimento de Wilker de Melo foi mais ou menos a mesma coisa que ele falou no dia 24. Já o irmão de Afrânio confirmou que as duas armas eram do médico. E, com o porteiro, confirmei que Afrânio não tinha restrições para entrar ou sair do condomínio", disse o delegado.

Segundo Esperândio, grande parte das informações divulgadas em alguns veículos de Comunicação é mera especulação. "Uma delas é de que o médico teria levado dois tiros, um na nuca e o outro na barriga. Não é verdade: o laudo médico atesta um único tiro na mandíbula, que foi parar na testa, quase em cima da orelha", disse o delegado ao MidiaNews.

Ele justificou que, no momento, não é recomendável repassar informações sobre o andamento do processo, sob pena de atrapalhar as investigações. "Ainda faltam algumas pessoas a serem ouvidas. Eu não tenho pressa para entregar o laudo. Só quero fazê-lo bem feito", afirmou o policial.

Entenda o caso

De acordo com a Polícia Civil, Afrânio, que estava separado há um ano, chegou na residência de Liciane por volta das 2h da madrugada do último dia 24. Ele entrou no quarto da filha, que estava dormindo, e atirou na cabeça da criança. Ela não resistiu e morreu na hora. Liciene foi para cima da filha, tentando protegê-la e foi atingida com dois tiros na perna.

Depois, o médicoo atirou em sua própria cabeça, vindo a morrer no Pronto-Socorro de Cuiabá. Liciane foi encaminhada para atendimento médico. Ele teve alta ontem. Wilker saiu da residência sem ferimentos.

Missa de 7º Dia

Será realizada na noite desta quarta-feira (30), a Missa de Sétimo Dia do médico Afrânio Maia Almeida e da sua filha, Maria Clara Maia. A cerimônia está marcada para as 19h, na Igreja Nossa Senhora da Guadalupe, no bairro Santa Helena, em Cuiabá.


MAYARA MICHELS-MidiaNews

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