REVELIA: Engenheiro rico vai à júri 20 anos depois de sequestrar, estuprar e matar criança

Quase 20 anos depois de praticar um dos crimes mais bárbaros contra uma estudante de apenas 11 anos, uma menina de menos de 30 quilos, o engenheiro civil Eraldo da Costa Carvalho, o “Maníaco do Santa Cruz, hoje com 58 anos, vai à júri no Fórum de Cuiabá. A vítima foi seqüestrada, estuprada, executada com vários tiros e ainda teve o corpo ocultado.

O crime aconteceu em novembro de 1990. A garota Elisângela Maria Geraldino, de 11 anos, que morava no Jardim das América, voltava para casa, quando foi seqüestrada numa das ruas do bairro Boa Esperança, na mesma região.

O cadáver da estudante foi encontrado por uma equipe do Corpo de Bombeiros quatro dias depois dentro de um córrego, um local de difícil acesso no bairro Santa Cruz.

Quem investigou o caso na época e desvendou o mistério do “Caso Elisângela” foram os delegados Antonio Carlos Garcia de Mattos e Roberto de Almeida Gil, hoje aposentado. Os dois prenderam o engenheiro logo em seguida.

Preso, Eraldo, que além de engenheiro era filho de família de classe média alta, também não ficou muito tempo atrás das grandes. Foi colocado em liberdade pelo juiz Omar Rodrigues, então titular da 1ª Vara Criminal de Cuiabá.

O acusado então desapareceu, até que teve a prisão preventiva decretada novamente pelo Pleno do Tribunal de Justiça de Mato Grosso. Eraldo nunca mais foi localizado em lugar algum do Estado.

Segundo informações de testemunhas e denúncias anônimas, Eraldo da Costa Carvalho teria fugido, primeiro para a Bolívia. Logo depois, no entanto, ele teria trocado de nome e se refugiado em um dos países da Europa, possivelmente a França, onde possuiria parentes.

Mesmo foragido, Eraldo da Costa vai se julgado à revelia (ausente) pelo Tribunal do Júri Popular depois de ser enquadrado em pelo menos cinco crimes: seqüestro, homicídio triplamente qualificado, motivo torpe sem defesa da vítima, agravante da vítima ser menor de 14 anos, e ocultação de cadáver.

Se for condenado, o engenheiro pode pegar de 12 a 30 anos pelo crime de homicídios, mais a qualificadores, que podem lhe valer uma prisão em regime fechado de mais de 60 anos de reclusão.

Depois de preso, Eraldo da Costa Carvalho, que teria chegado a confessar o crime à Polícia, sempre negou sua participação num dos crimes mais bárbaros contra uma crianças. Só que, durante seus depoimentos à Polícia, sempre caiu em constantes contradições.


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