Bandidos esperaram “dia de pagamento” para fazer assalto milionário


Hoje era dia de pagamento de funcionários das grandes propriedades rurais, localizadas no entorno de Campo Novo dos Parecis, no médio-Norte de Mato Grosso, uma das regiões consideradas mais ricas do Estado. É o dia que a cidade está mais movimentada e o comércio se prepara para recepcionar os trabalhadores dos campos de produção de soja, milho, girassol, algodão, sorgo e amendoim; e também da agroindústria – que vai se expandindo pelo município, agregando mais riquezas. E foi pensando assim que uma quadrilha tomou de assalto esta manhã a principal fonte pagadora da cidade, a agência do Banco do Brasil.



Cerca de oito assaltantes fortemente armados invadiram a agência por volta das 9 horas e fizeram várias pessoas reféns. Uma prática que está se tornando quase que comum: eles entram, fecham tudo, ameaçam e, para escapar, usam os clientes e funcionários como “escudo humano” para dar proteção a fuga. Na saída, atiram para todos os lados e desafiam as autoridades dos policiais militares. Ainda não se sabe a quantia em dinheiro levada pelos assaltantes.

O bando que escolheu a dedo Campo Novo dos Parecis para lucrar com o dinheiro ali colocado para o grande número de pagamentos, estava armado com fuzis e espingardas calibre 12, vestiam roupas camufladas das Forças Armadas, além de coletes a prova de balas. Nisso, o delegado Eder Clay Leal foi ferido na perna e recebeu atendimento no Hospital Municipal. Ele foi submetido a uma cirurgia para retirada da bala e passa bem. Mas o pânico foi grande. E o medo continua
Após o assalto, os bandidos tentaram colocar fogo na agência. As investigações levam a crer que a agência foi incendiada para danificar o sistema de segurança interno - câmeras que registram imagens. Eles fizeram um “escudo humano” com clientes do banco em frente a agência. Depois fugiram pela rua Rio Grande do Sul-Sucupira e por fim pela MT-235, em duas caminhonetes. Um dos veículos, uma S-10 preta sem placas, foi incendiado sobre a ponte do Rio do Sangue, a 18 km de Campo Novo, sentido Diamantino-Nova Mutum. No local, os assaltantes também liberaram parte dos reféns. Informações do comandante da PM, capitão Cabral, dão conta de que três reféns, inclusive uma funcionária do banco, ainda está sob custódia dos assaltantes. Ainda de acordo com o capitão Cabral, várias viaturas seguiram os assaltantes. As polícias de Sapezal, Tangará da Serra e São José do Rio Claro reforçam as buscas.


Equipes do Grupo de Operações Especiais (Goe) e da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), da Polícia Judiciária Civil se deslocaram de Cuiabá por terra e por ar para atender o assalto ao Banco do Brasil de Campo Novo do Parecis.

Um helicóptero da PJC já está na região. Policiais das delegacias das Regionais de Diamantino e Tangará da Serra realizam barreiras por toda a região, juntamente com outras instituições como a Polícia Rodoviária Federal e Polícia Militar.

A quadrilha que assaltou o Banco do Brasil de Campo Novo do Parecis pode ter seguido rumo a cidade de Nova Maringá, conforme informou a Polícia de Campo Novo do Parecis. Os assaltantes teriam deixado a MT-235 e entrado a esquerda, em uma estrada de terra, no sentido de Nova Maringá. Eles teriam sido vistos por populares passando por entre as fazendas da região.



Reféns já foram libertados

A Polícia Civil confirmou há pouco que, ao contrário do que se imaginava, todos os reféns do assalto à agência do Banco do Brasil de Campo Novo do Parecis foram liberados. Eles eram sete no total, três foram liberados inicialmente e os demais em seguida.


Reportegem e fotos- Parecis Net

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