Cartilha da Associação Brasileira de Psiquiatria, fornece dicas importântes de como noticiar um Suicidio.

Notícias sobre suicídio trazem à tona conhecido dilema:como conciliar o dever de informar, sem ferir a susceptibi-lidade das pessoas, sem provocar danos.
O dilema é maior quando a pessoa que pôs fm à vida era uma fgura públi-ca, ou celebridade.Quando se trata de suicídio, os critérios que norteiam a publicação e a composição da reportagem assumem contornos que diferem dos padrões usuais.
Muitos veículos de comunicação optam por não divulgar o ato suicida, postura bem diferente da que é dada para outras violências, como homicídios, por exemplo.
Por trás desse cuidado há a noção de que a veiculação inapropriada de casos de suicídio poderia ser chocante, como também estimular o ato em pessoas vulneráveis, numa espécie de “contágio”.
Normalmente, o suicídio vira notícia em cinco situações:
•Quem morreu é uma fgura pública ou celebridade.
• O suicídio foi precedido de assassinato, este último perpetrado por quem se matou.
• Atos terroristas, como nos casos de homens-bomba.
O suicídio provocou problema que afetou a coletividade (por exemplo, en-garraamento).
• Sensacionalismo criado por maus prossionais.Há vários registros mostrando que, dependendo do oco dado a uma reporta-gem, pode haver aumento no número de casos de suicídio, ou, ao contrário,pode-se prestar ajudar a pessoas que se encontram sob risco de suicídio, ou mesmo enlutadas pela perda de um ente querido que pos fm à vida.

UMA BOA REPORTAGEM PODE INVERTER O CONTÁGIO Esta obra visa fomentar a parceria entre psiquiatras e profssionais da imprensa, com a meta de informar e, sempre que possível, auxiliar a população exposta ou sob risco de suicídio.
Aqui se encontram sugestões calcadas em experiência clínica e estudos científcos.

DICAS

Antes de iniciar a matéria:
• Por que divulgar? É relevante?
• Que tipo de impacto a reportagem poderá ter?
Ao montar a matéria:Ponha-se no lugar do outro. Ou seja:• Dos que enfrentam o luto por alguém que se matou.
•Dos que estão vulneráveis, pensando em tirar a própria vida.Considere a inclusão de algumas sugestões deste manual.


Conheça orientações sobre abordagem das doenças mentais e da psiquiatria no site da Associação Brasileira de Psiquiatria:
www.abpbrasil.org.br/sala_imprensa/manual/ dirigido para profssionais de Imprensa Orientações sobre como abordar o suicídio na imprensa.
Preservando o direito à informação e colaborando para a prevenção.


Comissão de Prevenção de Suicídio da Associação Brasileira de Psiquiatria:
Neury José Botega (coordenador)
Carlos Filinto da Silva Cais
Humberto Correa
Jair Segal
João Alberto Carvalho
José Manoel Bertolote
Sabrina Stefanello

Fonte: www.Blogolhada.com.br/cartilha da Associação Brasileira de Psiquiatria

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