Mesmo com a desistência dos professores, a "greve continua e forte”, reafirma presidente do Sindicato

Eduardo Pereira, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Tangará da Serra (SSERP) confirmou que a greve dos servidores vai sim começar na segunda-feira. Segundo ele, o movimento continua mesmo após a desistência dos professores que aceitaram a proposta do prefeito Fabio Junqueira de reajuste com perdas de direitos.

“Lamentamos que parte dos professores tenha optado por não seguir a decisão da maioria em Assembleia, mas compreendemos que eles têm suas razões e respeitamos. Mas a greve vai acontecer sim, e estamos organizados para parar até o dia em que a pauta for totalmente atendida. Os servidores não vão ceder nenhum direito e vão defender, inclusive, os direitos dos professores também. Vamos lutar por todos. Nenhum direito a menos!”, afirmou Eduardo.

O presidente do sindicato ressaltou que há pelo menos três núcleos nas secretarias, com coordenadores da greve distribuídos por departamentos. “A campanha de racha promovida na semana passada fez aumentar significativamente o sentimento de que a única saída é a greve a decisão agora é de parar e ponto. Até porque, toda a atenção que o prefeito deu aos professores só aconteceu depois que algumas escolas fizeram realmente greve. Isso mostra que Greve de verdade tem força sim”, afirma Eduardo.

DADOS
Eduardo citou números apresentados pelo próprio Poder Executivo para provar que há sim limite para a reposição das perdas inflacionárias de 2016 – diferente do que diz o prefeito Fabio Junqueira que desde maio nega a RGA alegando falta de limite. “Os números são claros. Há sim plena capacidade de reposição das perdas salariais com a inflação do ano passado”, afirma Eduardo.

De acordo com os dados divulgados em Setembro pela própria Prefeitura no Relatório de Gestão Fiscal, no Poder Executivo o percentual utilizado atualmente é de 50,88% e o limite máximo é 54%. “isso prova que a diferença permite a concessão da RGA com folga”, afirma Eduardo. No caso da Câmara Municipal também há limite, já que o percentual utilizado atualmente é de 2,30% e o limite máximo é de 6%. “O que estamos pedindo é que o prefeito seja justo e conceda aos servidores apenas o que é de direito, a inflação medida o ano passado de 6,28% sem a perda dos direitos”, conclui Eduardo.

Fonte: Assessoria do SSERP

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