Criança de 5 anos machuca genital em creche, vai parar na UPA e mãe está indignada

Uma criança de 5 anos de idade, do sexo feminino, estudante do Pré I, machucou o órgão genital no Centro de Educação Infantil Tânia Arantes Junqueira na tarde desta quinta-feira, 07, em Tangará da Serra. O caso deixou a família da menina, que reside no Jardim Tarumã, em pânico. A mãe da criança, que terá o nome preservado para preservar a integridade da filha, está indignada e irá buscar a Justiça.
Roupa da menina ficou toda suja de sangue

De acordo com ela, a avó foi até a escola buscar a criança às 17 horas desta quinta, mas se deparou com a cena. A menina estava na carteira, cabisbaixa, quieta, entristecida e chorando. "Quando ela [avó] chegou lá, minha filha estava dentro da sala, sentada na cadeira, debruçada sobre a mesa e chorando. A professora estava na sala", conta a mãe.

Foi aí que o pânico iniciou. "Quando ela [avó] pegou minha filha, ela viu o sangue derramando, muito sangue. Aí foi aquele alvoroço. Ela cortou a região genital. Imagina o desespero. O suor, a calcinha cheios de sangue", diz a mãe, chocada.

A mãe da criança contou ao Tangará em Foco que recebeu a informação de que a filha se machucou no intervalo, ou seja, às 15h, e permaneceu ferida, sem receber atenção, até às 17h.

"Ela se machucou na hora do intervalo, não sei a hora certa, mas deve ter sido muito antes das 17h que minha mãe chegou pra pegar ela, disseram que ela se machucou no recreio, chorou e ninguém viu, foi pra sala chorando e ninguém viu. Absurdo demais", disse, indignada, a mãe. 

A mãe conta ainda que a filha foi atendida pelo SAMU e encaminhada a UPA 24 Horas. "Minha mãe [ avó da criança ] me avisou quando elas já estavam na UPA. Quando eu cheguei na UPA estavam esperando o médico, tinha muito sangue nos lençóis, na maca, e a enfermeira estava pressionando com a mão pra não sair mais sangue", relata.

Segundo o médico que atendeu a ocorrência, não se trata de estupro. "O médico disse que não foi estupro, foi na verdade um trauma. Ela teve sete pontos na genital" conta a mãe, indignada.

A maior indignação da mãe foi ouvir de outra criança a informação que a sua filha estava chorando, machucada, mas, mesmo assim, não recebeu atenção. "A professora não deu atenção. Chamaram o secretário de Educação [Adriano Fernandes] e ele ficou no corredor tentando minimizar a situação. Uma criança se machucar no recreio e não ter supervisão nenhuma e nem socorro, ela podia ter morrido de hemorragia, podia ter convulsionado", diz a mãe, em desespero.

E ela ainda completou:

"Isso que aconteceu com a minha filha pode acontecer com qualquer família. É muito triste, chocante e revoltante. Estou noticiando isso porque quero que sirva de alerta pra todos", finalizou, explicando que hoje buscará, ao lado de um advogado, a Polícia Judiciária Civil para registrar um boletim de ocorrência e pedir que o caso seja investigado.

Tangará em Foco

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